Achei legal esse texto e resolvi compartilhar
18/08/2009
“Você não pode evitar que os problemas batam à sua porta, mas não há necessidade de oferecer-lhe uma cadeira” – Joseph Joubert
Sofrimento... Quem não o tem ou já não o teve? Afinal, somos criaturas em evolução; num grau de primarismo espiritual. Temos o nosso livre arbítrio conquistado ao longo do caminho evolutivo, portanto não podemos inculpar ninguém se o caminho que seguimos nos levou ao sofrimento. Não há nenhum mal que não possa ser transformado em bem. Explico-me: Seguimos por um caminho que a princípio nos pareceu bom, mas que redundou em erro. Fracasso. Dor. Decepção. Lágrimas. Um mal para nós. Pronto. Já sabemos um pouco mais do que antes de iniciar a jornada: Sabemos que aquele caminho não é bom e nunca mais deverá ser percorrido, pois traz a infelicidade. Do aparente mal retiramos uma experiência de vida.
As experiências nos enriquecem. O ideal seria não termos de experimentar o fel para saber que é amargo, porém, quase sempre só aprendemos com o sofrimento. O sábio chinês Confúcio diz o seguinte: Por três caminhos se chega à virtude: Pela meditação que é mais nobre; Pela imitação que é mais fácil; Pela experiência que é mais amargo. Infelizmente a maioria de nós só chega às virtudes por meio do sofrimento. Há que sentir na pele as consequências nefastas dos erros para aprender depois. Quando a dor chega, adotamos as mais diversas atitudes: Reclamamos, sentimo-nos coitadinhos, injustiçados, duvidamos da justiça de Deus, entre outras. Há ainda, os que cultuam o sofrimento. Abrem-lhe as portas. Oferecem-lhe uma cadeira, servem-lhe um cafezinho. São os paranóicos. Os hipocondríacos. Os alienados. Ora, se não podemos evitar que o sofrimento chegue até nós porque estamos num estágio espiritual que a isso nos leva; porque temos dívidas cármicas a resgatar, porque precisamos vivenciar situações; provas a fim de crescermos em Espírito, então vamos usar a inteligência, que conquistamos a longos milênios, para recusar a lhe oferecer cálida acolhida. Não te revoltes, mas também não o deixes se refestelar em teu sofá. Aprende logo o que ele veio te ensinar e despeça-o com galhardia. Não o alimente. Não o chame de volta. Sofrimento não é sinônimo de santidade. Se sofremos muito, vamos procurar saber o porquê disso. Ele raramente vem sem ser convidado.
Lourdes Carolina GageteSantos, 16/08/09
Fonte: http://www.feal.com.br/colunistas.php?art_id=20&col_id=37