segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pessoas radicais, você precisa delas


Estive pensando. Tem gente que por mais que façam coisas erradas, sejam radicais em suas opiniões, tem seu valor. Pelo menos pra mim, acredito que muitas coisas eu aprendi com elas. Tem gente que é fissurada por acabar com o superpoder dos EUA, como Hugo Chávez, Bin Laden, etc. Eles podem até exagerar em suas opiniões mas cada vez que vejo jornais falando deles fico me perguntando: que bom que vivo numa democracia, onde a informação circula quase que totalmente livre.

Karl Marx??

Aí eu posso ver muitas coisas que talvez nem imaginasse que existiam, ouvir opiniões importantes que modificam as minhas inclusive. Tenho colegas que tem opiniões duras sobre certas coisas. O bom disso é que eles acabam me informando de coisas que não sei, por exemplo, tem amigos que vivem falando de concursos, e apenas por eles eu fico sabendo dos que estão rolando, justamente por que eles vão atrás dessa informação, poupando o meu trabalho de buscá-la. Fora isso há inúmeros outros exemplos de informação que obtenho com diversas pessoas diferentes de mim. Com isso ganho em opinião, em reflexão, em poder de escolha talvez. Aí eu percebo o valor dos novos relacionamentos, das pessoas que a gente acha que não tem nada de bom pra falar ou escutar. Por mais que pareça que aquela pessoa não sabe das coisas é importante ouvir algo dela, que uma hora a gente escuta algo de interessante.

terça-feira, 1 de março de 2011

Pequenos detalhes, nenhuma diferença

Muitas vezes ouvimos na TV dicas para evitar doenças ou acidentes, como lavar as mãos antes de alimentar-se, não dirigir após beber, usar cinto de segurança, exercitar-se, alimentar-se bem, dormir bem, etc. Outras vezes vemos críticas de profissionais de saúde a comportamentos ditos “errados” como consumir determinados alimentos, auto-medicar-se, etc. Isso são apenas detalhes, que podem não fazer nenhuma diferença. Às vezes tratam-se de exageros, reconhecidos por grande parte das pessoas.

Eu mesmo sou um cara muito preso a detalhes. Depois de um certo tempo vejo que não deveria me preocupar tanto com eles, pois no final não havia feito diferença alguma. Mas parece ser um vício, ou uma obsessão por procurar fazer as coisas com um capricho às vezes irritante. Por exemplo: quando vou lavar louças demoro muito pois procuro limpar toda ou quase toda a sujeira que encontrar, mesmo aquela que não foi feita recentemente. Procuro retirar aquela substância preta que se acumula nos cantos de talheres, copos de metal, panelas, vasilhas, etc. Percebo depois que isso não tem necessidade de se fazer. Passei a vida inteira consumindo diversos alimentos naquelas louças e acredito que a maioria das doenças que eu peguei não tinham nenhuma relação com aquilo. Ou seja: é só um detalhe, que não vale a pena se preocupar.

Há um tempo atrás recebi proposta para comprar um aparelho para filtrar a água que minha família consumia para beber. Embora os argumentos fossem bem ponderados, percebi que não faria muito sentido comprar aquilo, afinal, a vida toda consumimos água de filtro de barro e nunca tivemos problemas por causa disso. Alguns podem até dizer que não percebemos o mal que faz porque é um mal que ocorre aos poucos, ao longo dos anos. Aí realmente faria sentido, mas classifiquei na ocasião como detalhe, por não ser urgente, ser caro e com benefícios pouco perceptíveis.

Ao falar de doença me vem à mente conceitos recentes que venho procurando consolidar como certos. Acredito que muitas doenças são conseqüência do desequilíbrio entre corpo, mente e alma, associadas a alguns agentes biológicos ou químicos oportunistas, que só estão ali fazendo a parte deles. O que ocorre numa doença parece ser que ao haver o desequilíbrio, esses agentes aproveitam a “brecha” que o corpo abre, entram e fazem a sua parte.

Porém, no caso das doenças, é de se ressaltar que isso não é totalmente comprovado. Trata-se de uma teoria advinda de observação e experiências próprias, estando, portanto de certa forma, influenciadas por opinião pessoal. Mesmo assim acredito estar formando teorias coerentes com as observações, mesmo que ainda não sejam totalmente tratadas da forma científica que deveria.

Nesse sentido, quando alguns falam que o desequilíbrio citado é o causador de enfermidades, entendo que estes não são os únicos causadores, mas apenas alguns dos fatores que associam-se para ocasionar tal situação. Dessa forma, somente causariam doenças vários fatores juntos. Se os agentes infecciosos como microorganismos tentam entrar em nosso corpo sem que este esteja desequilibrado, muito provavelmente serão combatidos corretamente e nada acontece de anormal. Assim como em um acidente aéreo, ou outro qualquer, em que vários fatores de prevenção estão envolvidos, observa-se que neste caso há várias falhas de segurança, e não apenas um ou poucos fatores.


Enfim, detalhes podem fazer diferença, mas a grande maioria deles não tem a menor relevância. É bom refletirmos e chegar a conclusão de que a gente faz tanta coisa sem importância. Melhor mudar então. Isso pode exigir certo sacrifício, mas estar com a mente limpa é uma sensação bem agradável e dá espaço para preocupações mais importantes.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Podar, pode! E deve!


Quando uma planta está crescendo ela precisa de água, sol, adubo. Ela precisa às vezes, mais do que isso. Chega uma hora que a planta em seu ritmo de crescimento, extrapola certos padrões e acaba ficando maior do que deveria. Nesses momentos é importante uma coisa que não se dá muita atenção na maioria das plantas: a poda. Podar significa cortar, retirar o excesso, fazendo com que a planta cresça homogeneamente. Dessa forma, a planta pode voltar a um padrão de crescimento, sem comprometer sua integridade. Se não for podada, uma parte da planta pode vir a crescer mais e demandar mais alimento do que outras partes, comprometendo o crescimento e desenvolvimento de toda sua estrutura.


Fazendo uma comparação, somos iguais às plantas. Nos alimentamos todos os dias, tomamos água, precisamos de sol. Agora, quase nunca lembramos de efetuar a poda em nós mesmos. Deixamos crescer algumas vezes atitudes, hábitos, manias que pouco ou nada contribuem para nosso crescimento interior e até físico. Do lado físico adquirimos o costume de comer mal muitas vezes, deixando para depois o saborear os frutos da natureza, preferindo as comidas rápidas, calóricas, pesadas, diante da correria do dia-a-dia. Do nosso lado interior, acabamos por nos alimentar de frustrações, de conversas improdutivas excessivas. Assistimos televisão demais, fofocas e intrigas nas novelas e programas ditos “reality show”, como se assistir a “realidade” dos outros fosse algo verdadeiro e o que importa. Na verdade é só distração. Distração é bom às vezes, mas não em excesso.

Deveríamos dar um tempo com atitudes e hábitos que afetam nosso crescimento. Procurar uma vida saudável e feliz é saber dosar o que consumimos, é deixar de lado às vezes aquilo que nos traria uma satisfação imediata, trocando por algo que talvez não faça nenhum efeito no momento, mas lá na frente será algo que faz a diferença. Pequenos bons hábitos do dia-a-dia são muito importantes. Evitar doenças que podem ser contraídas facilmente por um descuido que nem prestamos atenção na hora, mas que traz vários transtornos e atrasos de vida, é um benefício que pode-se conseguir com pequenas modificações. Não devemos jamais querer uma mudança drástica, radical. Nosso corpo e nossa alma, pedem que façamos as mudanças de acordo com o que podemos suportar no momento.

Por isso, “podar” é algo importante. Não vemos benefícios imediatos com isso, mas conseguimos evitar males que só lembramos quando já estamos em meio a eles. A poda faz parte da vida. Se a poda pode parecer difícil, devemos lembrar que a vida nos ensina muitas coisas, seja pelo amor, seja pela dor. Mas não devemos esquecer que a dor é nossa amiga, nos avisando que é preciso fazer algo. Podar é uma forma de amor. É desprendimento, é facilitar a nossa vida diante da necessária mudança, do abandono de parte de nós, para que o todo possa salvar-se.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Até onde o Estado deve influenciar na vida dos cidadãos?

Ao meu ver o Estado cumpre algumas funções, dentre as quais atuar como regulador dos sistemas (econômicos, legais, etc), prover necessidades que o cidadão não pode cumprir sozinho (saúde, polícia), entre outras.

O Estado muitas vezes tem se confundindo com a política, ou seja, a vontade de poucos, nos quais merecem destaques os partidos políticos. Muitos deles perdem a sua filosofia original pelo qual foram criados, e privilegiam os ganhos aristocratas. É muito óbvio o que vemos nas casas legislativas: ganham muito e só fazem algo pela população se ganharem algo em troca (entenda-se dinheiro). Infelizmente estamos caminhando para cenários malignos nesse contexto. Políticos palhaços e artistas estão se elegendo por meio da descrença da população nos modelos tradicionais de mandatários e legisladores públicos. A massa continua sendo por demais influenciada. Ainda perde tempo vendo e adorando os BBB’s da televisão e da vida real.

Num mundo onde acredita-se que milhões tem necessidades não satisfeitas, ainda temos desigualdades que fogem a nosso controle. Temos preconceitos que ainda não conseguimos nos livrar. E pior: fazemos de conta que não existem, apenas nos distanciando daqueles pelos quais temos conceitos pré-determinados.

Ainda estamos num mundo pouco desenvolvido, é verdade. Enquanto temos tecnologia de ponta em uma ponta do planeta, no outro extremo temos um Estado que bane o cidadão de se comunicar com o mundo exterior e necessita adorar seus governantes, como se isso fosse algo que levaria seu país a desenvolver-se.

Enfim, são coisas que preocupam, mas estamos caminhando também para entendimentos, se não pela pura e simples amizade, pela necessidade de mantermos um nível de vida dentro de padrões, sejam lá quais forem eles.