Há
um tempo atrás eu costumava dizer que ia transformar este mundo. Não entendia
como era possível as pessoas viverem da forma como viviam sem se darem conta de
que poderiam mudar. Não concordava com o conformismo de muitos que não
acreditavam em mudanças. Eu via as coisas tão fáceis de serem mudadas. Eu
gostaria de ser presidente. Uma vez lá faria uma mudança radical, senão
gradual, mas faria mudanças necessárias e óbvias. E não só no campo político,
mas também na mentalidade das pessoas. Entre muitas outras questões.
Acontece
que eu mudei um pouco minha forma de ver o mundo. Hoje descobri que o mundo não
é nosso objetivo maior. Não temos que "salvar" o mundo. De uma forma
ou de outra este mundo vai acabar se deteriorando ou sofrer mudanças
irreversíveis. Só pra ter uma idéia, o Sol, daqui a muitos milhares de anos, se
apagará, e nosso planeta, obviamente vai ver a vida se extinguir. Nós não
podemos salvar este mundo. Na verdade ele é apenas o "cenário" de
nossa "luta" ou de nosso "teatro vivo". É apenas um local
temporário de aprendizado. Isso não isenta ninguém da responsabilidade de
cuidar deste mundo. Apesar de ele ser "de graça" não é descuidando
dele que não teremos responsabilidade. Muito pelo contrário. Estamos aqui para
serem co-responsáveis por este mundo. Não somos donos, porém filhos dele. E tal
como o pai que cuida de seu filho, lhe dá educação e exige respeito, também
nós, habitantes deste minúsculo planeta, temos o dever de zelar por esse
"empréstimo".
Portanto,
não sejamos exagerados a ponto de tentar tapar o sol com a peneira, mas façamos
a nossa parte, MESMO QUE ELA NÃO SEJA SUFICIENTE. Sim. Não é porque milhões tem
uma opinião igual que tenho que segui-la. Sejamos como o beija-flor da
história, que mesmo enfrentando um enorme incêndio na floresta, ele fazia a sua
parte, gotejando água. É a consciência que fala mais alto nesse momento. É a
noção de que somos responsáveis, de que temos condições para, se não podemos
fazer tudo...
Fonte da imagem: www.rawpixel.com
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